Procedimento de tratamento de lesão de menisco
Lesões meniscais são muito frequentes
As lesões meniscais são muito frequentes no joelho e podem ocorrer em diversas faixas etárias. Os mecanismos causadores podem ser traumáticos ou degenerativos e variam conforme a idade. Lesões traumáticas estão associadas a entorses, que ocorrem mais em pessoas jovens e ativas na prática de atividades esportivas. Podem ou não estar associadas a lesões ligamentares. Lesões degenerativas são comuns em pacientes acima de 40 anos e estão associadas ao desgaste progressivo que os meniscos e demais estruturas do joelho sofrem com o passar do tempo. Quanto à sua morfologia, a saber, podem ser verticais, oblíquas (sendo estas duas formas as mais comuns), longitudinais (incluindo “alça de balde”, onde o fragmento rasgado pode bloquear a extensão total da articulação do joelho), radiais ou horizontais.
Menisco – uma estrutura de fibrocartilagem
O menisco é uma estrutura de fibrocartilagem cuja principal função é de absorção de impacto. Não apenas auxilia na estabilidade como também na nutrição e lubrificação da cartilagem. Os meniscos melhoram o encaixe entre o fêmur e a tíbia e são essenciais para manter a biomecânica normal da articulação do joelho. Em cada joelho existem dois meniscos: medial (interno) e lateral (externo). Ambos apresentam aspecto de meia lua, ocupam 2/3 superfície articular e são subdivididos em três regiões: corno anterior, corpo e corno posterior. O menisco medial é muito pouco móvel e por isso é mais propenso a lesões – cerca de 75% dos casos. Apenas 10% dos pacientes terão lesões bilaterais.
Sintomas da lesão
O sintoma mais comum de uma lesão de menisco é a dor, em princípio, maior do lado que houve a lesão. É possível que seja acompanhada de inchaço e até mesmo de limitação da mobilidade. Desse modo, pode piorar durante a execução de atividades do dia a dia, como subir e descer escadas, caminhar ou agachar.
Diagnóstico e Exames
Primordialmente, o diagnóstico é sempre feito através da história do paciente, associado ao exame físico detalhado, baseado em um conjunto de testes e manobras específicas para este tipo de diagnóstico. O melhor exame complementar é a ressonância magnética. Ela auxilia não só na identificação do local e do tipo de lesão meniscal, mas também de eventuais lesões associadas, como de ligamentos ou cartilagem.
Tratamento da Ruptura do Menisco
Variáveis que influenciam no tratamento
O tratamento depende principalmente da idade e do grau da lesão. Pode ser conservador (medicação, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, parada temporária das atividades físicas) ou cirúrgico (videoartroscopia).
A videoartroscopia é um procedimento cirúrgico extremamente seguro com taxa de infecção abaixo de 1%. Pode durar menos de 30 minutos com um cirurgião experiente. Uma vez que é pouco invasiva, permite recuperação mais rápida. Normalmente faz-se a ressecção apenas da porção lesionada, o que evitará um maior desgaste articular no futuro. Não há a necessidade do uso de muletas no pós-operatório. Em média, o paciente retorna às atividades físicas de quatro a seis semanas.